Emicida - Ismália - Ao Vivo part. Fernanda Montenegro

Published: 01 January 1970
on channel: Emicida
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Música:
Voz principal: Emicida
Voz sample/poema: Fernanda Montenegro
Arranjo de base: Fejuca e Renato Xexéu
Arranjo de metais: Allan Abbadia
Toca discos e coro/vocais: Dj Nyack
Bateria acústica e híbrida, percussão acústica (atabaque e ferro) e SPDSX (piano): Silvanny Sivuca
Fejuca: Baixo
Guitarra: Michele Lemos
Coro/Vocais: Jamah e Thiago Jamelão
Trompete: Larissa Oliveira
Trombone: Allan Abbadia
Saxofone tenor: Buga Sax
Mixagem: Maurício Cersosimo
Masterização: Maurício Gargel
Gravadora: Laboratório Fantasma
Editoras: Laboratório Fantasma/Warner Chappell, Sony Music Publishing e Mudroi/Dueto Edições Musicais
Direção geral e artística: Emicida e Evandro Fióti
Direção musical: Fejuca
Produção: Raissa Fumagalli

Gravação/captação do show ao vivo por Damien Seth em 27 de Novembro de 2019 no Theatro Municipal de São Paulo

Voz de Fernanda Montenegro interpreta poema "Ismália" de Alphonsus de Guimarães

Vídeo:
Direção: Henrique Alqualo
Direção de fotografia: Henrique Alqualo
Assistente de fotografia: Julio Benedito
Direção geral: Evandro Fióti
Gerente de produção: Raissa Fumagalli
Produção executiva: Julio Benedito
Assistente de produção e A&R: Laura Freitas e Fabio Junior
Direção de arte: Annik Maas
Assistente de arte: Alice Barcelos
Cabelo e maquiagem: Regiane Alexandre / Juba Trançadeira
Edição e finalização: Henrique Alqualo
Cor: Pedro Conforti / Cinestetika
Motions: Lucas Candido e Loucas Xavier
Catering: Viana Padaria

Essa produção seguiu todos os protocolos da OMS para prevenção ao COVID-19.

Uma produção e realização Laboratório Fantasma.

Letra:
Com a fé de quem olha do banco a cena
Do gol que nóiz mais precisava, na trave
A felicidade do branco, é plena
A pé trilha em brasa e barranco, que pena
Se até pra sonhar tem entrave
A felicidade do branco, é plena
A felicidade do preto, é quase

Olhei no espelho
Ícaro me encarou
Cuidado, não voa tão perto do sol
Eles não aguentam te ver livre
Imagina te ver rei
O abutre quer te ver de algema
Pra dizer: - ó não falei
No fim das conta é tudo

Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão 2x

Ela quis ser chamada de morena
Que isso camufla o abismo entre si e a humanidade plena
A raiva insufla, pensa nesse esquema
A idéia imunda, tudo inunda e a dor profunda
É que todo mundo é meio antena
Paisinho de bosta, a mídia gosta
Deixa falha e quer medalha de quem corre com fratura exposta
Apunhalado pelas costas
Esquartejado pelo imposto em postas
E como analgésico nóiz posta que
Um dia vai tá nos conforme
Que um diploma é uma alforria
Minha cor não é um uniforme
Hashtag "Pretos no topo", bravo
80 tiros te lembram que existe pele alva e pele alvo
Quem disparou usava farda (mais uma vez)
Quem te acusou nem lá num tava
Por que um corpo preto morto
É tipo os hits das parada
Todo mundo vê mas essa porra não diz nada

Olhei no espelho
Ícaro me encarou
Cuidado, não voa tão perto do sol
Eles não aguentam te ver livre
Imagina te ver rei
O abutre quer te ver drogado
Pra dizer: - ó não falei
No fim das conta é tudo

Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão

Ter pele escura é ser
Ismália, Ismália (Ismália)
Ismália, Ismália (Ismália)
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
Terminou no chão

Primeiro sequestra eles
Rouba eles
Mente sobre eles
Nega o Deus deles
Ofende
Separa eles
Se algum sonho ousar correr, cê pára ele
E manda eles debater com a bala que vara eles
Mano, infelizmente onde se sente o sol mais quente
O lacre ainda tá presente só no caixão dos adolescentes
Quis ser estrela e virou medalha num boçal
Que coincidentemente tem a cor que matou seu ancestral
Um primeiro salário
Duas fardas policiais
Três no banco traseiro da cor dos quatro Racionais
Cinco vida interrompida
Moleques de ouro e bronze
Tiros, e tiros, e tiros
E os menino levou cento e onze

Quem disparou usava farda (Ismália)
Quem te acusou nem lá num tava (Ismália)
É a desunião dos pretos
Junto com a visão sagaz de quem
Tem tudo menos cor onde a cor importa demais

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar.

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar
Estava perto do céu,
Estava longe do mar.

E como um anjo pendeu
As asas para voar.
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar.

As asas que Deus lhe deu,
Ruflaram de par em par,
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar.

Olhei no espelho
Ícaro me encarou
Cuidado, não voa tão perto do sol
Eles não aguentam te ver livre
Imagina te ver rei
O abutre quer te ver drogado
Pra dizer: - ó não falei
No fim das conta é tudo
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão

Ter pele escura é ser
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu,
mas terminou no chão
Terminou no chão

Theatro Municipal, essa é a minha amiga Jamah!


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